Olá!!!!!

Você está entrando num mundo de sensações poéticas, lembre-se, tudo o que você possa vir a sentir será de sua inteira responsabilidade.

PHOENIX

PHOENIX

sábado, 24 de novembro de 2007

Ponto de Interrogação


Por Quê?...
...quanto mais tento explicar,
Menos se tenta entender
Quanto mais se tenta tentar
Menos se tenta querer
Procuro uma agulha no palheiro

Que está mexido e remexido

De eu tanto, tanto procurar
e, sempre, encontrar...
Os mesmos mapas
pras mesmas estradas que dão em nada
Canso de procurar
Uma forma de falar
De mostrar, que nada são contos de fada
e que afinal de contas
é como a história de Tróia
nem tudo são contas de jóia

sempre são contas, pra se pagar

e, se não tem dinheiro...
como fica seu travesseiro?

roto de tanto virar e não dormir

de tanto tentar e não conseguir...

Tento falar...
Tento explicar...
Tento mostrar...

Tento desenhar...

Mas...quanto mais se faz
menos se é capaz

de se entender
aquilo que se quer dizer

Por Quê?

Urbanismo

metrô, ônibus trem...
num vai e vem
num vem
e vai
que ninguém mais
sorri,

conversa,

contempla,
passeia,
é tanta giratória

nas portas das horas...
tempo!...
tempo!...
páre,
respire, olhe, pense...
é tanto estopim

na entrada do metrô

na saída do trem

no caminho do ônibus
que não se sabe

se quem está
ainda é gente
se ainda sente

uma pontada no peito
de ter que ser desse jeito...
tempo... tempo...
é necessário ar!
é necessário parar!
é necessário não continuar!
tempo, tempo...
sem poupança

com
desesperança
e certeza...
de que tempo

é o que mais perdemos