Olá!!!!!

Você está entrando num mundo de sensações poéticas, lembre-se, tudo o que você possa vir a sentir será de sua inteira responsabilidade.

PHOENIX

PHOENIX

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

saudades do que não vivi


Tenho saudades
Daquilo que não vivi
Tenho vontades
Daquilo que não comi

Quero rever
lugares que não vi
quero ler
em linguas que não aprendi

Quero chover
em flores que não sei ser
quero ensolarar
em campos que não irei ver

Quero dançar
músicas que não conheço
quero garimpar
jóias que não mereço...


Quero tudo assim
no nada dentro de mim
transbordando de mundo
cheio de um chão profundo

Tudo... onde o nada
é mundo... e instigante
tudo... onde o calor
abrasa... e é congelante...

Quando...

Quando todo esse barulho passar
Vai ser mais fácil pra pensar
Vai ser mais fácil pra falar
Quando toda essa balbúrdia passar

Quando tudo isso acabar
Estarei esperando... sem me abalar
Estarei esperando....sem embalar
Novos sonhos sonhos.... nem antigos

Nem aqueles esquecidos
Nem os que não foram atingidos
Estarei esperando... passar
Todo esse fogo parar

Quando tudo isso parar
Tudo vai se acalmar
Daí poderei pensar
Poderei me renovar


Poderei me recriar
Na paisagem que busquei
Na mesma que não achei
Na mesma que não flertei

Quando tudo isso passar
E todo esse fogo se acalmar
Daí poderei me calar... e pensar
Daí poderei parar... e me restaurar

sábado, 22 de dezembro de 2007

tudo velho de novo

Mais uma festa
de adeus...

Mais uma seresta
sem risos, só festa

Tanto que queria ir
Mas só olhava...
e só podia sorrir

mostrando educação
sem nenhuma emoção

nem alegria
nem tanto
nem tão pouco

e tanto que queria
perder a monotonia...

Mil abraços...fortes...fracos
desejos de felicidades...fracos

Mas continuo na cidade
no meu quarto
com meu corpo farto...

De tanto ver
e rever... rever...
o mesmo filme

tudo de novo...
o novo
tudo velho...
de novo...

adiante...


Um dia
Ela vai
embora....
procurar um ninho
remover um espinho....


Um dia
sem sol
mas também
sem chuva


Com norte
sem sorte
e sem azar
vai se achar...

Vai perder a morte
vai reencontrar
a roupa certa
pra vestir
e poder sair
não vai
perder noites
vai achar dias
sol... chuva...vida
sem muita rima
com alguma estima
pelos acasos
tão escassos

Um dia ela vai
encontrar
um sábado ou
um domingo
em um pequenique


e num quadrado
daquele tecido
encontrar versos
e respostas...
um dia...
ela vai... adiante...