Olá!!!!!

Você está entrando num mundo de sensações poéticas, lembre-se, tudo o que você possa vir a sentir será de sua inteira responsabilidade.

PHOENIX

PHOENIX

domingo, 4 de maio de 2008

poema de Luiz Marenco


"Têm coisas que tem seu valor

Avaliado em quilates, em cifras e afins

E outras não têm o apreço

Nem pagam o preço que valem pra mim

Tenho uma velha saudade

Que levo comigo por ser companheira

E que aos olhos dos outros

Parecem desgostos por ser tão caseira

Não deixo as coisas que eu gosto

Perdidas aos olhos de quem procurar

Mas olho o mundo na volta

Achando outra coisa que eu possa gostar

Tenho amigos que o tempo

Por ser indelével, jamais separou

E ao mesmo tempo revejo

As marcas de ausência que ele me deixou...

Carrego nas costas meu mundo

E junto umas coisas que me fazem bem

Fazendo da minha janelaImenso horizonte, como me convém

Daz vozes dos outros eu levo a palavra

Dos sonhos dos outros eu tiro a razão

Dos olhos dos outros eu vejo os meus erros

Das tantas saudades eu guardo a paixão

Sempre que eu quero, revejo meus dias

E as coisas que eu posso, eu mudo ou arrumo

Mas deixo bem quietas as boas lembranças

Vidinha que é minha, só pra o meu consumo...


"- Luiz Marenco"

sexta-feira, 2 de maio de 2008

agora...


Ainda sinto tua boca

quente, se derramando em mim,

ainda sinto tuas mãos

suspenderem o meu fôlego

ainda sinto o teu corpo

abraçando o meu...

e você já se despediu,

e você já se foi

pela porta que te deixou entrar

deixou o vazio dormir comigo

e você, que ainda sinto teu olhar

flamejando... me dissolvendo

e você que não está

que levou teu olhar

tua boca, tuas mãos

e o meu escorpião,

que guardava

para essa ocasião

para me salvaguardar

agora, sem guarda

sem você, sem nada.