Olá!!!!!

Você está entrando num mundo de sensações poéticas, lembre-se, tudo o que você possa vir a sentir será de sua inteira responsabilidade.

PHOENIX

PHOENIX

quinta-feira, 25 de março de 2010

Palhaço!



Oh, Arlequim
O que é feito de você?
Tem medo, afinal de quê?
Será de mim, ou vai ver,
que é de você, por andar
na corda bamba, pronto pra cair
mas não está pronto pra se machucar?
Fique tranquilo, oh, doce palhacinho,
fique tranquilo, pra isso, ninguém está.
Arlequim, tua face pintada, teu nariz
carmim, tua graça de menino, aprendiz
é o que faz um mundo gentil e alegre surgir
mas todos se esquecem que você, não é de aço
Dizem, que o fugás ladrão de corações é o Palhaço
mas quantas vezes você já foi ludibriado, já foi roubado 
e quantos sabem que quando você rouba, é sem a noção,
rouba assim, na contramão, de qulaquer nobre movimento
rouba sem querer, sem nenhuma petensão ou fingimento,
daí ter medo, ter um coração de alguém na mão! O que fazer?
Deixar e correr, esquecer, ou voltar atráz, guarda-lo, acolher... 
Afinal, arlequim, do que você tem medo, seria medo de mim?
ou ainda pior, mas poderia ser sim! Poderia ser medo de você,
ir de novo, globo da morte, motos traiçoeiras, envolto em paixão,
ou seria, voar como os acrobatas, cair, e se estraçalhar, no chão?
Ou, Arlequim, você tem medo, é de se achar, em seus desejos?



terça-feira, 16 de março de 2010

Pra que, pra nada?

Ela havia se arrumado, 
com cuidado
Havia tomdo um banho
demorado
Ela havia se perfumado
delicadamente
Havia escolhido a melhor roupa
demoradamente

Havia um sem fim de razões
Alegria
Era então o que ela sentia
Certeza
De que a noite seria
Doce

Passou-se o tempo
tic-tac
Surgiu um lamento
tic-tac
Viu-se amuada
tic-tac

O tempo passou, e a roupa...
amarrotou
O tempo passou e o sorriso
amarelou
O tempo, cessou
parou!

Voltou para casa
cansada
Corpo lavado, perfumado,
cuidado
Roupa lavada, perfumada,
alinhada

E afinal, pra que tanto empenho?
esmero?
Pra que afinal o melhor creme
espelho
Aquele corpo, sedento, ali
perdido
Pra que afinal tanta sutileza armada?
pra nada?

Sorriso Triste

Ela então sorriu!
Estava numa festa
Bastava pois sorrir
Ela suspendeu o folego
E mostrou seus dentes

Ninguém sabia a quantas, 
andava aquele coração, apertado
amuado, pequeno, quase vazio
ninguém sabia
Porque... Ela, sorria
amargurada, que estava
não sentia vontade de chorar

Sorriu, porque era a única coisa a fazer
Sorriu, porque mentiu sobre o que ia acontecer
Sorriu, porque sabia que ia prever, algo triste
Sorriu, porque é sempre a única coisa concreta que existe

Ela então sorriu!
Bastava pois sorrir
ninguém sabia
Porque ela, sorria
amargurada, que estava
Sorriu, porque era a única coisa que restava




segunda-feira, 15 de março de 2010

Onde está o Escritor?

 






Houve um tempo em que tu vinhas
E sentia então o cheiro das vinhas
E um gosto de vinho, tinto, denso
molhando meu paladar. Páro e penso
Onde andará o poeta? Que fará o poeta?
Estará criando, ou apenas de porta aberta,
deixando o vento passar, por suas têmporas
deixando o tempo ditar, gritando temporais,
Onde afinal, ó poeta, onde afinal, vós estais?
Quero ver-te, sentir-te, o cheiro da tua tinta,
ainda fresca, do que enfim acabas de escrever...
Quero poder ver, como o pintor, que pinta
quadros pra ninguém, que joga às ruas, para todos
como pintor, faz a vida mais colorida, para poucos
que sabem ver, pergunto, afinal, onde estará você?

sexta-feira, 5 de março de 2010

Tolos no Palco

Um poema de Vini

http://anjomaldito.blogspot.com

Todos no palco
Iluminados
Iludidos
Ludibriados

Todos no palco
Empurrões para o escuro
Para o vazio
Pra a coxia e pro frio

Todos no palco
querendo brilhar
Esperando a deixa
que está a demorar

Todos no palco
querendo aparecer
Mais que
Todos no palco

Tolos no palco
e na platéia ninguém