Meus olhos estão mais claros
Devido a tanto serem lavados
Com água e sal, que me tangem
Que me chegam e me lambem.
Estou com os olhos na janela
Pra ver se ao menos ela
Mostra algo novo, um rumo
Antes d'eu consumir meu sumo
Ah! A esperança!
Verde como o mar
Sutil e vil semelhança
Com o sal do meu olhar...
Cadê o fôlego?
Quando se precisa
Meu caminhar trôpego
Meu coração que deslisa
Quero gritar, mas não tenho voz
Quero sorrir, mas não sei a sós,
Quero imensamente você
Que fiz o favor de perder.
E nem sei direito porque!
Ah! Quanta esperança
Se pode ter, quando se ve
Um amor, ainda criança
Simplesmente morrer?
Não sei nem mais o que digo
Como também não sei o que faço
Sinto remoer um senil castigo
Bater em um coração que não é aço.Patricia Hakkak
Nenhum comentário:
Postar um comentário