E se Deus não existisse?
Como seria então
Com quem afagar a dor no coração?
Como seria para segurar o fardo
Como seria para lavar a farda
Suja da vida diária, que todos vestem?
Como seria rezar?
Rezar pra quê,
Estaríamos sós
Seria você por você.
E então teríamos que perceber
Que não dá pra parar
Não dá pra olhar pra trás
E culpar forças divinas por tudo
Teríamos que tirar o eterno luto
Por mortes que inventamos
Teríamos que lutar
sem mentir, algo que ainda...
...não tentamos...
E se não existisse nada
além daqui?
Como seria para chorar
Chorar pra quê, ou pra quem
O que seria o mal, ou o bem?
Se nada existisse
Seríamos mais fortes
Desenharíamos um Norte
Ou estríamos a mercê da sorte?
Mas que sorte?
Se agora ela sería nós
Fazendo nossas próprias ações
Respondendo pelos próprios atos
Deixando de se esquivar, como ratos
Seria melhor?
Porque se entendería
O ser como humano
Não como ser mundano
E capaz, eloqüentemente capaz
De fazer tudo o que faz
De fazer a guerra
De cultivar e destruir a Terra...
Teríamos opinião?
Ou não?
Diríamos: Foi Deus que quis assim,
Ou foi bem feito pra mim?
Que espécie de ser seríamos?
Melhores, mais inteligentes
Mais humanos e benevolentes?
Mas pra quê?
Se a Ira do Senhor
Já não recairía mais
Nem em mim, nem em você?
Poderíamos matar
mentir
esquartejar
unir, unjir
Afinal,
sería cada um por si
E talvez mais sinceros
Não sorríriamos,
para nossos vizinhos
Como seria então
Com quem afagar a dor no coração?
Como seria para segurar o fardo
Como seria para lavar a farda
Suja da vida diária, que todos vestem?
Como seria rezar?
Rezar pra quê,
Estaríamos sós
Seria você por você.
E então teríamos que perceber
Que não dá pra parar
Não dá pra olhar pra trás
E culpar forças divinas por tudo
Teríamos que tirar o eterno luto
Por mortes que inventamos
Teríamos que lutar
sem mentir, algo que ainda...
...não tentamos...
E se não existisse nada
além daqui?
Como seria para chorar
Chorar pra quê, ou pra quem
O que seria o mal, ou o bem?
Se nada existisse
Seríamos mais fortes
Desenharíamos um Norte
Ou estríamos a mercê da sorte?
Mas que sorte?
Se agora ela sería nós
Fazendo nossas próprias ações
Respondendo pelos próprios atos
Deixando de se esquivar, como ratos
Seria melhor?
Porque se entendería
O ser como humano
Não como ser mundano
E capaz, eloqüentemente capaz
De fazer tudo o que faz
De fazer a guerra
De cultivar e destruir a Terra...
Teríamos opinião?
Ou não?
Diríamos: Foi Deus que quis assim,
Ou foi bem feito pra mim?
Que espécie de ser seríamos?
Melhores, mais inteligentes
Mais humanos e benevolentes?
Mas pra quê?
Se a Ira do Senhor
Já não recairía mais
Nem em mim, nem em você?
Poderíamos matar
mentir
esquartejar
unir, unjir
Afinal,
sería cada um por si
E talvez mais sinceros
Não sorríriamos,
para nossos vizinhos
de bancos de missa
se a pessoa não fosse submissa
Pra quê?
Também não existiriam mais celebrações
E as igrejas dariam ótimos restaurantes,
onde se comeriam finas iguarias
ou ainda dariam ótimos salões
onde se dançariam
com o pecado como acompanhante,
E as preces...
Iriam se elevar pra quem?
Pra mim, pra você?
Ou pra ninguém?
Seríam só frases ditas ao vento
Que se comportariam
como rebentos
esquecidos à porta de qualquer convento!
Que também não existiriam!
E então? Como sería?
Como sería saber
que nascemos e somos o que somos
e só!
sem distinção
sem cor, sem coração
sem credo, sem oração
Seríamos rivais,
ou seríamos iguais,
Não brigaríamos mais?...
Talvez não existisse o talvez
A ciência estaria bem mais solta
as pessoas sofreriam menos
não teríam tanta culpa
apenas por querer
Apenas por não poder ser...
o que já não somos!
Ora pensamos
Ora divagamos
Que o céu é finito
Mas que ele é infinito
Que dá pra contar as estrelas
Que dá pra tocar a lua
Mas que Deus mora lá
E lá, não se pode chegar!
É tudo muito confuso
É tudo muito nublado
É tudo muito escuro
E também muito claro,
claridade demais, cega
na escuridão, nada se pega!
Como sería então?
Trevas no coração,
óculos escuros para o clarão
da vida nova que iria se abrir,
oração para um novo horizonte
que iríamos infrigir?
Sería algo sem dúvidas
Sería um mar de incertezas
Sería o sonho de viúvas
Sería volúpias postas na mesa
Ou
Sería claro e óbvio
Sería como um tiro
reto e sóbrio
sem mentiras
sem conto de fadas
sem o tudo, sem o nada?
Sería tudo mais simples?
Como sería então,
Se Deus simplesmente,
Não existisse?
se a pessoa não fosse submissa
Pra quê?
Também não existiriam mais celebrações
E as igrejas dariam ótimos restaurantes,
onde se comeriam finas iguarias
ou ainda dariam ótimos salões
onde se dançariam
com o pecado como acompanhante,
E as preces...
Iriam se elevar pra quem?
Pra mim, pra você?
Ou pra ninguém?
Seríam só frases ditas ao vento
Que se comportariam
como rebentos
esquecidos à porta de qualquer convento!
Que também não existiriam!
E então? Como sería?
Como sería saber
que nascemos e somos o que somos
e só!
sem distinção
sem cor, sem coração
sem credo, sem oração
Seríamos rivais,
ou seríamos iguais,
Não brigaríamos mais?...
Talvez não existisse o talvez
A ciência estaria bem mais solta
as pessoas sofreriam menos
não teríam tanta culpa
apenas por querer
Apenas por não poder ser...
o que já não somos!
Ora pensamos
Ora divagamos
Que o céu é finito
Mas que ele é infinito
Que dá pra contar as estrelas
Que dá pra tocar a lua
Mas que Deus mora lá
E lá, não se pode chegar!
É tudo muito confuso
É tudo muito nublado
É tudo muito escuro
E também muito claro,
claridade demais, cega
na escuridão, nada se pega!
Como sería então?
Trevas no coração,
óculos escuros para o clarão
da vida nova que iria se abrir,
oração para um novo horizonte
que iríamos infrigir?
Sería algo sem dúvidas
Sería um mar de incertezas
Sería o sonho de viúvas
Sería volúpias postas na mesa
Ou
Sería claro e óbvio
Sería como um tiro
reto e sóbrio
sem mentiras
sem conto de fadas
sem o tudo, sem o nada?
Sería tudo mais simples?
Como sería então,
Se Deus simplesmente,
Não existisse?
Mas e Ele, o grande ser?
Existe?
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