(por: Wilson R.)
É o poeta metade paz, metade guerra;
metade dor, metade festa;
metade boa e outra que não presta.
É o poeta metade sonho, metade chão;
metade doença, metade cura;
metade suja e outra metade que é pura.
E, se almeja o coração a vida e a liberdade,
os pulsos imploram a navalha
e os pés almejam o grilhão.
E, se a alegria lhe é mãe,
a melancolia é sua amante
e o pranto, seu irmão.
Metade lágrima feliz, metade riso triste.
Lutador cabisbaixo de punhos em riste,
Ah!, o poeta...
Um monte de metades
dum todo
onde sempre falta
uma parte.
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