Ela havia se arrumado,
com cuidado
Havia tomdo um banho
demorado
Ela havia se perfumado
delicadamente
Havia escolhido a melhor roupa
demoradamente
Havia um sem fim de razões
Alegria
Era então o que ela sentia
Certeza
De que a noite seria
Doce
Passou-se o tempo
tic-tac
Surgiu um lamento
tic-tac
Viu-se amuada
tic-tac
O tempo passou, e a roupa...
amarrotou
O tempo passou e o sorriso
amarelou
O tempo, cessou
parou!
Voltou para casa
cansada
Corpo lavado, perfumado,
cuidado
Roupa lavada, perfumada,
alinhada
E afinal, pra que tanto empenho?
esmero?
Pra que afinal o melhor creme
espelho
Aquele corpo, sedento, ali
perdido
Pra que afinal tanta sutileza armada?
pra nada?
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