nessa solidão
encontro
balas de canhão
prontas
pra explodir...
tantas
perdidas em mim
que me esqueci
o quanto pesam
o quanto pedem
para explodir
houve até uma trégua
mas essa é uma guerra
onde não há desistentes
nem dissidentes
desço
e encontro balas
atiradas...
em paredes
cravejadas, rasgadas.
Pelos furos
réstias de sol,
escuro
que tenta, a pulso
iluminar o lugar
que tenta, confuso
se resguardar
Há uma guerra
"dos cem anos"
se iniciando
uma "guerra fria",
calada, que não sacia,
Uma luta
sem regras...
uma armadilha
à espera
e eu,
sem estrutura...
Dentro dessa solidão
onde eu desci,
há uma escuridão
dentro do sol de mim
e não tem como definir
um vencedor,
não sem antes
experimentar a dor
de tentar, de novo,
re-existir.
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