Olá!!!!!

Você está entrando num mundo de sensações poéticas, lembre-se, tudo o que você possa vir a sentir será de sua inteira responsabilidade.

PHOENIX

PHOENIX

domingo, 31 de janeiro de 2010

Discutindo a Relação


Aí, ela queria discutir a relação,
Eu disse que não, 
Que ja era hora do jogo
E que hoje ia pegar fogo
Era clássico, bom pra cachorro
Mas ela disse: O jogo ou eu?
A olhei de cima a baixo,
e perguntei, mas o que é que te deu?
O jogo o eu?
Sossega o seu facho!
Então, tá, disse e veio o esculacho:
Se voce não me ama mais
Já passou da hora, vá
Volte para a casa dos seus pais.
Como assim?
O carro e a casa são meus!
Mas o que é que te deu, mulher?
Voce, não me quer mais, não é?
Do que é que voce está falando?
E o jogo lá, rolando
A bola ali, quicando...
Quase um gol
que eu quase comemorei
E foi aí que eu errei.
Viu, nem me ouve, 
Me pergunta-"o que houve",
por mera educação, 
ah, não! Isso é que não,
a casa e o carro, ficam comigo
Mas e eu, que faço?
Vá dormir na casa do seu amigo
Olha, ta passando meu jogo
Depois a gente conversa, tá bem?
E o jogo esquentando
E minha mulher, esperneando...
Tá bom, coração, toma aqui meu cartão
Vai, passeia, areja que é bom
Depois te levo pra jantar,
E se ainda assim quiser se separar,
Aí, a gente pode até conversar!
Voce acha que é assim?
Não ve que não tá dando mais
Nem pra voce, nem pra mim?
Não é um cartão,
E aí tudo fica bom.
Não, não é,
mas o jogo já ta pelos 45
E eu sinto, mesmo, sinto
muito e muito, as agora,
não, dá, nem pra respirar
quanto mais falar
Vá, saia e se divirta, 
depois a gente se comunica.
Viu? Voce não me ama mais!
Ai, meu santo saco!
É, não te amo, é fato!
Vou para minha mãe!
Ótimo, quando voltar
(ouvi a porta quase quebrar)
Não esquece e traz uns pães.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Na Janela!

Estava eu à janela...
Velha...
Olhando por ela
Aquela velha...
Andando, séria...
Pensando, 
na vida que leva...
E releva...
E espera...
Vi na janela, velha,
a tal velha... 
que espera,
enquanto a vida
a leva.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Horas...

Daí que tentei de tudo.
Dormia, acordava
e, nada
Levantava, comia
bebia, mas, nada
Tentava ver TV,
qual o que,
nem sono, 
nem euforia
nada.
Daí que ouvi
a chuva, cair
molhar, de novo
e de novo, e de novo
o chão tosco.
Daí que não vi
nada acontecer
nem no amanhecer
era tudo igual,
sem doce
nem sal

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Café


Pra acordar, café.
Pra conversar, café.
Pra deixar o tempo passar, café.
Pra depois que for almoçar, café.
Pro fim de tarde se esticar, café.
Pra depois que for jantar, café.
Pra ver tv e cochilar, café.

                           Pra dormir e sonhar, café.
                           Pra acordar, café ...



segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

FalsIdade (por: Cesar Veneziani)









planos, planos
e lá se vão os anos
a gente adia
a execução
e a covardia
entra em ação
o sonho, então
vira mera desculpa
culpa transferida
e a ferida
do não fazer
corrói a esperança
aí se lança
mão da senilidade
e na idade avançada
se volta a ser criança
mas não de verdade


Escrito por Cesar Veneziani




sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Querer à flor da pele

Ando tão a flor da pele,
Que quero tudo... e o tudo tem que ser agora,
rasgado, varado... embebido em prazer...
quero, apenas quero, e não quero nem saber...


Ando tão a flor da pele,
que quero minha pele suada
pelo sol, que bate no deserto...
aquele sol, quente... cortante...
aquele mesmo sol, do olhar querente...


Quero, aquele querer sem fim...
quero aquele desejo... aquele do último suspiro
aquele mesmo desejo, de vida...
quero e apenas quero... à flor da pele

Um beijo



Olhava para ele paralizada, e se perguntava se era mesmo o convite que pensava ver, mesmo vendo seus lábios, tomados de volúpia e desejo, quase roçando os seus.
Aproximou-se, fechou os olhos, e o mundo sumiu, e tudo silenciou-se, no meio de toda aquela gente, sentiu o paraíso dentro de si.
Tudo então havia mudado, sabia que poderia voar, que não cairia, que poderia mandar no tempo, se quisesse, não mais choveria, sabia que poderia tudo.
Mas não quis nada, só pegou todo aquele momento, com carinho, guardou no bolso, com cuidado, e quando chegou em casa, o depositou numa caixinha de jóias, era afinal a mais preciosa.
E foi dormir, feliz!