Olá!!!!!

Você está entrando num mundo de sensações poéticas, lembre-se, tudo o que você possa vir a sentir será de sua inteira responsabilidade.

PHOENIX

PHOENIX

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Acordar do Sonho

Quero acordar do sonho
Uma chance de tentar viver
sem dor
quero acordar
com cor
no olhar
quero ser
quero estar
no lugar em que eu acordar...

a minha trajetória
escapou de mim até agora
porém, já se faz a hora
de voltar a mim
a minha raiz
perdida fincada
nalgum sonho
que nunca acontece
que sempre se perde
que sempre me enlouquece

estou lá sempre lá
querendo aquele fogo
para me queimar
e sempre me queimo
a mais do que preciso
a mais do que idealizo

a minha história não é bonita
estou sempre levando um tiro
mas nunca morro, mas sangro,
por uma vida inteira, sangro.

Ah, a felicidade
é uma cidade
que não sei o endereço,
e sempre que procuro,
sempre, me perco.

Meus dias passam
lentos em lamentos
passam sem perspetiva
sem que eu os viva,

Mas preciso mudar minha trajetória
Esquecer de vez minha inútil história
reescrever nas linhas da minha vida
Uma nova linha, uma nova memória...

Labirintos


labirintos são teu ser
que me envolvem,
que me enlouquecem,
que fogem 
que me esquecem
de mim, do meu olhar, do meu suor
do meu ego, do meu melhor

você é a escuridão que meus olhos não pescaram
sou peixe que pulou pra se preservar, e então morre
na captura de algum outro animal feroz, sem nome
é você, feroz, com um olhos de maroto, me pegaram

labirintos, medo, desejo
tudo junto numa valsa louca
pedidos de um beijo que não acontece
que você nega e me entontece
que você dá, que pego como se a vida fosse pouca.

Os fingimentos, são minha distração
teus olhos somem de mim, cada vez mais
estando aqui, ao lado, nunca estiveram tão distantes
estando aqui, nunca foram tão exuberantes
e eu te daria minha alma, minha alma
e você não quis, não quis...

sonhos e desejos que tive
com você foram realizados
por um tempo breve, estive
tão perto de ser feliz, tão perto
e você de longe sorrindo, tão certo
de que tudo seria perdido
e eu acreditando, no teu sorriso...

estive tão perto enquanto você estava tão longe, daqui
achava que a felicidade poderia ser, poderia existir
achava que eu poderia ter uma manha, o amor num acaso,
mas um momento meu olhar viu, você, na sobra do passado.

A pausa do seu tempo me parou o olhar
me parou o corpo antes são
me parou a vontade, meu andar
me parou de vez, o coração.

Você...

patrícia hakkak


quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

me descobri eu mim sozinha... olhando para um vazio cheio de ilusões, tão bonitas quanto flores em botões, belos e frágeis, e se perdem, como tolos balões!

domingo, 23 de janeiro de 2011

Correção sobre poema de sheakspeare "Um dia voce aprende que"

Me corrigiram sobre esse poema, que apesar de eu ter achado muito bom, estranhei mesmo que fosse de Sheakspeare, pela métrica, tipo de fala usada, mas deveria ter algo dele, então coloquei, agora recebi este e-mail (e agradeço pela devida correção) e posto aqui o que foi dito por "Elaphar"

Há alguns erros aí... O primeiro é que supondo que esse poema seja de Shakespeare, não há copyright, portanto não haveria necessidade de botar o símbolo ©.
O segundo erro (mais grave), é que esse poema não é de Shakespeare, mas sim uma versão adulterada (e melosa) do poema After a While de Veronica Shoffstall, e que só existe nessa forma conhecida e creditada a Shakespeare em língua portuguesa.

Se você quiser ver o poema original (não plagiado ou adulterado) pode ser encontrado aqui: http://www.poetryloverspage.com/poets/other/after_while.html

O fato real é que Shakespeare nunca escreveu isso, o que teoricamente é cronologicamente impossível pois esse poema que apresentas é do século XX.

Olhos Claros

Meus olhos estão mais claros
Devido a tanto serem lavados
Com água e sal, que me tangem
Que me chegam e me lambem.

Estou com os olhos na janela
Pra ver se ao menos ela
Mostra algo novo, um rumo
Antes d'eu consumir meu sumo

Ah!  A esperança!
Verde como o mar
Sutil e vil semelhança
Com o sal do meu olhar...

Cadê o fôlego?
Quando se precisa
Meu caminhar trôpego
Meu coração que deslisa

Quero gritar, mas não tenho voz
Quero sorrir,  mas não sei a sós,
Quero imensamente você
Que fiz o favor de perder.

E nem sei direito porque!

Ah! Quanta esperança
Se pode ter, quando se ve
Um amor, ainda criança
Simplesmente morrer?

Não sei nem mais o que digo
Como também não sei o que faço
Sinto remoer um senil castigo
Bater em um coração que não é aço.

Patricia Hakkak

sábado, 22 de janeiro de 2011

Frio Sorriso

Hoje o Sol não saiu
A Lua também não
Hoje não existiu
Nenhuma comoção

O dia foi morno
Mais pro frio.
Um dia morto
Ali no meio fio.

Como um vagabundo
Perdido, surrado
Um pobre moribundo
Com pretígidio alquebrado

Por fim... sem mim
Dentro do meu eu
Sem sequer me sentir
O vazio do meu apogeu,

Perdi aquele sentido
Que a vida diz que tem 
Tenho simplesmente mentido
Dizendo que está tudo bem.

Não. Não está.
Meus olhos não mentem
Nem conseguem mirar
Aquele novo olhar.

Perdi tudo
Até o sorriso,
Ele está de luto
Frio e perdido

Dentro daquele cortante olhar
Que um dia estava em mim
E agora é um eterno recuar
Com um frio sorriso sem fim.

Patrícia Hakkak