Olá!!!!!

Você está entrando num mundo de sensações poéticas, lembre-se, tudo o que você possa vir a sentir será de sua inteira responsabilidade.

PHOENIX

PHOENIX

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Um dia você aprende que...


© William Shakespeare

"Depois de algum tempo você aprende a diferença,
a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E você aprende que amar não significa apoiar-se,
e que companhia nem sempre significa segurança.
E começa a aprender que beijos não são contratos
e presentes não são promessas.
E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida
e olhos adiante, com a graça de um adulto
e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje,
porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos,
e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima
se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que não importa o quanto você se importe,
algumas pessoas simplesmente não se importam...
E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa,
ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se leva anos para se construir confiança
e apenas segundos para destruí-la,
e que você pode fazer coisas em um instante,
das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer
mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida,
mas quem você é na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos
se compreendemos que os amigos mudam,
percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa,
ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida
são tomadas de você muito depressa,
por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos
com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós,
mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não se deve comparar com os outros,
mas com o melhor que você mesmo pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser,
e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo,
mas se você não sabe para onde está indo,
qualquer lugar serve.
Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão,
e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade,
pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação,
sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer,
enfrentando as conseqüências.
Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute
quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência
que se teve e o que você aprendeu com elas
do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens,
poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia
se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva,
mas isso não lhe dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer
que ame, não significa que esse alguém não o ama,
pois existem pessoas que nos amam,
mas simplesmente não sabem como demonstrar isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém,
algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga,
você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido,
o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.
Portanto,plante seu jardim e decore sua alma,
ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar...
que realmente é forte, e que pode ir muito mais
longe depois de pensar que não se pode mais.
E que realmente a vida tem valor
e que você tem valor diante da vida!
Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem
que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar."


terça-feira, 16 de novembro de 2010

Túnel


Tenho me cansado em sentir o sabor do sal
Tenho me cansado de não ver meu olhar
Cansado, o suficiente de desejar, só um ritual
De desejar apenas um leve toque de ar.

Cansei de me sentir sem sentido algum
De me sentir num vácuo do tempo
De me sentir tão e somente apenas um
De me sentir perder num cálculo de espaço

Olho pra um espelho
Que de verdadeiro
Só me olha zombeteiro
E isso já é costumeiro

Me dizem, isso, você construiu
Seus castelos feitos de areia
Nunca tiveram firmeza, caiu
Ao primeiro sal de mar, numa cheia

Mas como escolhi algo que não escolhi
Como se colhe frutos dos quais não se planta
Como se tem experiências duma vida que não vivi
E como é que pode morar num inferno uma santa?

Não há coerência na ordem dos universos
Não florescências na escuridão dos cleros
Não há nada o que se pode fazer a um herói perdido
Que teve rasgada sua roupa que o protegia, se vê, ferido

Não há glória alguma em sentir o próprio sal
Não vitória alguma em passar por tão duras pedras
Não existe flor, não existe nada, nem bem nem mal
Não existe nenhuma novidade, além da quebra

O corpo fica fraco ferido e cansado
Não se sabe mais o que é bom
Não se sabe mais viver o que pode ser dourado
Não se sabe ritmar mais o coração.

É ruim
Sim
Muito
Um luto

Cansei de sentir meu próprio sal
Numa carranca plena e abissal
Cansei de andar sem rumo
Indo direto pra um eterno túnel

Patrícia Hakkak















segunda-feira, 26 de julho de 2010

Arpões

Tenho arpões me fincando
Como fiéis cães,
protegendo o dono
me rasgando o sono.

Tenho o coração sangrando
adoecendo, caindo, se entregando
Meus olhos perderam aquele fogo
agora só arde o adeus, seco e fosco

Tenho a dor das lacunas dos olhares
Tenho a revolta de todos os mares
O passar das horas, em um vazio
profundo, parvo e perdido

A cor dos meus olhos
está como o escuro do medo
Estagnados como um segredo
precisando de colo

Tenho a mim, na minha dor
a mim, um ser perdido no desejo
de metamorfoses de alguma cor
de metamorfoses, de todos os medos

Mas, não há um novo lugar
não há uma solidão pra deixar
Só dois arpões que me pinçam
me estancam, e me fincam...

Patrícia Hakkak

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Luto de Viúva

Houve talvez um anjo
Houve talvez uma dor
Que me segurou, sangrando
Que eu disse adeus, em flor

Houve uma nuvem branca
Leve como algodão
Houve um tempo...lembrança
Houve um tempo...temporão

Mas um anjo morreu
E eu, sem anjo e sem orfeu
Fiquei com olhos de chuva
Em dia frio, em luto de viúva

Patrícia Hakkak

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Dia Dos Namorados

É o dia dos namorados
enamorados
perdidos de amor

É dia de sentir a dor
daqueles inveterados
que perderam, esse calor

É afinal o dia
em que visitar a tia
é um grande programa

em que pisar na grama
é como pisar num coração
e por compulsão

sapatear, sorrir, girar
deitar, e reclinar...suar
de tanto se inusitar...

É dia do amor vir à tona
O dia em que se quer um amor
novo, velho... como for,

é dia de querer no íntimo
o mais puro olhar, de carinho
o mais longo beijo, em desalinho

é dia de se querer alguém
perto, ao lado, sem desdém
é esse o dia, mas não se sabe a quem!
estando assim, sem ninguém!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Estou Triste

Estou triste como não se pode estar
Estou triste que até as lágrimas
pararm pra me consolar

Estou triste, que a garganta deu nó
cego, de marinheiro, cheio de água salgada
Estou tão triste, que o mendingo teve dó
e me deu um pouco de seu sorriso,
de sua boca desdentada

Estou com olhos mareados
marjeados de um mar cinza
pesados como areia que finca
nos silios, que ficam incomodados

Estou assim... sem fogo, sem chama
nem que seja forte, ou mesmo branda
que me aqueça por dentro,
que faça meu renascimento...

Estou triste, como não se podia estar
Nem sei se existe, um jeito de ficar
da maneira que eu assim estou...
parece que sou o próprio fogo, que apagou!

domingo, 6 de junho de 2010

Poesia - Cláudio Talesman - Desbotado

 
 
Desbotado estou.
Olhe as cores lá fora!

Desbotado,

Minha cor me deixou.

Debotado estou.

Meu coração vermelho não é mais.


 
 
 
Desbotado,
O azul da tristeza derramou.

Desbotado estou.

Perdi a pureza do branco.

Desbotado,

Cadê a cor alegre do meu encanto?

Desbotado estou.

Só me resta o cinza pra chorar.
 
E coitado de mim,
Todo o restante, que havia desbotado,
Escurecerá.

E para quem chorar as lágrimas cinzentas?

Ninguém está disposto a me ouvir mesmo.
 
Pois perdi minhas cores.
E pouco a pouco,
Me transformo em desvanecido impregnante.
 
(

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Da pagina pessoal de "Carlos Eduardo"

SE SABE QUE:

É DIFÍCIL FAZER ALGUÉM FELIZ,
ASSIM COMO É FÁCIL FAZER TRISTE...
É DIFÍCIL DIZER EU TE AMO,
ASSIM COMO É FÁCIL NÃO DIZER NADA...
É DIFÍCIL VALORIZAR UM AMOR,
ASSIM COMO É FÁCIL PERDÊ-LO PARA SEMPRE...
É DIFÍCIL AGRADECER POR HOJE,
ASSIM COMO É FÁCIL VIVER MAIS UM DIA...
É DIFÍCIL SE CONVENCER DE QUE SE É FELIZ,
ASSIM COMO É FÁCIL ACHAR QUE SEMPRE FALTA ALGO...
É DIFÍCIL FAZER ALGUÉM SORRIR,
ASSIM COMO É FÁCIL FAZER CHORAR...
É DIFÍCIL SE PÔR NO LUGAR DE ALGUÉM,
ASSIM COMO É FÁCIL OLHAR PARA O PRÓPRIO UMBIGO...

SE VOCÊ ERROU, PEÇA DESCULPAS...
É DIFÍCIL PEDIR PERDÃO?
MAS QUEM DISSE QUE É FÁCIL SER PERDOADO?!
SE ALGUÉM ERROU COM VOCÊ, PERDOA-O...
É DIFÍCIL PERDOAR?
MAS QUEM DISSE QUE É FÁCIL SE ARREPENDER?!
SE VOCÊ SENTE ALGO, DIGA...
É DIFÍCIL SE ABRIR?
MAS QUEM DISSE QUE É FÁCIL ENCONTRAR ALGUÉM
QUE QUEIRA ESCUTAR?!
SE ALGUÉM RECLAMA DE VOCÊ, OUÇA...
É DIFÍCIL OUVIR CERTAS COISAS?
MAS QUEM DISSE QUE É FÁCIL OUVIR VOCÊ?!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

poema de autor desconhecido!!! (mas é meu reflexo)

Contei meus anos e descobri...
que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora.
Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas.
As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram,
cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para projetos megalômanos.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis
para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias
que nem fazem parte da minha.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas
que, apesar da idade cronológica, são imaturas.

Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo
de coordenador, ou qualquer liderança.


Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou:
'as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...

Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana;
que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos,
não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade,
defende a dignidade dos marginalizados, cultivam sua espiritualidade,
e deseja tão somente andar ao lado de Deus.

Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade,
desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes,
nunca será perda de tempo.

O essencial faz a vida valer a pena !
Basta o essencial!


"Sobre tempo e jabuticabas"
(autor desconhecido)

sábado, 29 de maio de 2010

Anônimo!!!

Não foi amor, nem deixou de ser
Quem me dirá o nome dessa história
Quem me dirá como foi pra você
Se tudo pra mim revive na memória
Se foi só ilusão meu coração não saberá

É triste ter que admitir que ainda te desejo aqui e fecho os olhos pra sentir o cheiro do seu cabelo em mim
E foi a razão do meu astral agora me mata, me faz mal
Mas veja que pra mim morrer nao é o fim
O fim é viver, vendo você sem mim

Se foi só ilusão meu coração não saberá

(Anônimo)

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Então é amor!

Quando tudo perder o encanto
E tudo estiver fora de prumo
E os descuidos espocarem num pranto
e o olhar revelar da alma, o sumo...

então é amor!

Quando a voz preencher um espaço vazio
Quando o tato encher a alma num sorriso
E uma canção insonora ressoar num arranjo,
Quando ouvir o som alvo de asas de um anjo

então é amor!

Quando sentir tanta raiva e dor
e ao mesmo tempo, tanto pavor
que não saiba se seguir ou parar
que não saiba se falar ou calar,

é amor

quando todo o sabor da vida
encher o corpo num raio de alegria
e tudo o que for loucura parecer certo
e todo olhar de amanhcer, for eterno

então é amor!

Que é não, e que é sim
que é travessia, sem inicio, sem fim
começo, e recomeço, estourando
pipocando, nas paredes do corpo, torturando

que é o tudo, e o nada
que é absurdo, e também

aquela conta exata,

é o ouro dos tolos
é o querer de todos,
mas, não é de ninguém.

Então, quando houver
todo esse mar em ebulição
gelo jorrando de vulcão
fogo dos olhos da fé,

então, é amor! 

domingo, 16 de maio de 2010

Nada a Dizer!

Não há mais teu brilho
no estribilho da nota
ela se perdeu, como filho
que foge da escola

não há mais aquela coisa
que unia os pensamentos
ela também fugiu, afoita
acabaram-se os refinamentos

aquele sem fim de palavras
teve um fim, de falácias
aquele olhar gentil e doce
ganhou o amargo de uma foice,

arrancando todos os sonhos
fazendo os medos mais medonhos
parecerem brinquedos de criança
parecerem uma alegre e feroz dança

Não há mais nada o que dizer
só perceber, que não há nada a fazer
só rever, o que já estava revisto e previsto
e entender, que o tempo todo, viveu-se um mito.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Uma do "Carlos"...

RECOMEÇAR

(Carlos Drummond de Andrade)

Não importa onde você parou…
em que momento da vida você cansou…
o que importa é que sempre é possível e necessário “Recomeçar”.

Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo…
é renovar as esperanças na vida e o mais importante…
acreditar em você de novo.

Sofreu muito nesse período?
foi aprendizado…
Chorou muito?
foi limpeza da alma…
Ficou com raiva das pessoas?
foi para perdoá-las um dia…
Sentiu-se só por diversas vezes?
é porque fechaste a porta até para os anjos…

Acreditou que tudo estava perdido?
era o início da tua melhora…
Pois é…agora é hora de reiniciar…de pensar na luz…
de encontrar prazer nas coisas simples de novo.

Que tal
Um corte de cabelo arrojado…diferente?
Um novo curso…ou aquele velho desejo de aprender a
pintar…desenhar…dominar o computador…
ou qualquer outra coisa…

Olha quanto desafio…quanta coisa nova nesse mundão de meu Deus te esperando.

Tá se sentindo sozinho?
besteira…tem tanta gente que você afastou com o
seu “período de isolamento”…
tem tanta gente esperando apenas um sorriso teu
para “chegar” perto de você.
Quando nos trancamos na tristeza…
nem nós mesmos nos suportamos…
ficamos horríveis…
o mal humor vai comendo nosso fígado…
até a boca fica amarga.

Recomeçar…hoje é um bom dia para começar novos
desafios.
Onde você quer chegar? ir alto…sonhe alto… queira o
melhor do melhor… queira coisas boas para a vida… pensando assim
trazemos prá nós aquilo que desejamos… se pensamos pequeno…
coisas pequenas teremos…
já se desejarmos fortemente o melhor e principalmente
lutarmos pelo melhor…
o melhor vai se instalar na nossa vida.

E é hoje o dia da faxina mental…
joga fora tudo que te prende ao passado… ao mundinho
de coisas tristes…
fotos…peças de roupa, papel de bala…ingressos de
cinema, bilhetes de viagens… e toda aquela tranqueira que guardamos
quando nos julgamos apaixonados… jogue tudo fora… mas principalmente… esvazie seu coração… fique pronto para a vida… para um novo amor…

Lembre-se somos apaixonáveis… somos sempre capazes de amar muitas e muitas vezes… afinal de contas…

Nós somos o “Amor”…

” Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do
tamanho da minha altura.”


terça-feira, 4 de maio de 2010

Nota Assobiada!

 Para um amigo!!!


Azedou, seu olhar, seu cheiro, seu sorriso
Desandou tua simpatia, teu jeito de menino
Mas não foi por mal, eu sei, vi o que te deu errado
Sei o quanto dói ver um sonho quebrado, estilhaçado.

Dói, eu sei, é como quem corre uma longa maratona
e por falta de água, o corpo cai, numa volta enfandonha
e você pode ler grafado nas pessoas ali, numa torcida por você
um tanto distorcida, enfraquecida, que vão saindo, sem te ver

Então, teu olhar, tão claro, se turva, perde o refinamento
E  todas aquelas estrelas brilhantes, perdem o alinhamento
E todos aqueles sorrisos dados juntos numa hora de prazer
Fica entrestecido, todo aquele largo sorriso, todo aquele querer...

Mas olha! A lágrima que rola, vai se transformar em pérola
Vai tudo se transformar em pérola, pequenas, quase etéreas,
pequenas gotas que hoje caem, como orvalho triste e incerto,
Serão, contas de orvalho, surgindo com um brilho discreto

Que embora sendo discreto, tem um valor de milhões,
Tem o mesmo valor de romances, no início das paixões
O valor de sorrisos, soltos encontrados em tua felicidade
Milhões, de luzes presas no alto, iluminando tua cidade

Azedou, seu olhar, seu cheiro, seu sorriso
Mas não precisa saber o futuro, ele é impreciso
Precisa apenas seguir adiante, entoar uma canção
uma nota assobiada que te pulse, como um coração.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Nem Começou!


Nem começou, já acabou!
Voce apareceu, me absorveu
E se foi, com seu olhar, meu eu
Se foi, e ainda tinha tanto por falar!

Nem começou, e quando fui começar a te sentir
voce olhou, abriu um sorriso, e disse adeus
assim, como quem não quer nada, começou a sair
da minha vida, da minha história, e de todo o meu eu!

Mas nem tudo se vai, a história fica
A sensação é eterna e se replica
E o adeus, embora pra sempre,
sempre fica, incrustrado na memória, 


Voce, que nem bem começou a viver
uma vida nova, e assim, já vai embora
Voce, que assim, ja começa a me ver
de longe, sei, é medo, vejo isso de fora!


Não! Não é assim que se vive!
Uns tem sorte, outros só precisam
olhar melhor, sei porque já estive
onde voce está, e nem todos ensinam!

nem todos olham ao redor!

Tá tudo errado, tudo trocado
Tá tudo perdido, e você sabe
A ilusão é linda, como dourado
E é falsa, mas o brilho... arde!

Você se vai, mais uma vez, se proteger
Mas diga, sem pensar, exatamente do que
voce acha que afinal vai se precaver?
Irá seguir adiante, e assim acaba de se perder...

Então, vai perceber, agora sem retorno
Que todas as lágrimas que chorou,
não valeram, porque não te desabrochou

não valeram, porque teu coração ficou... morno!




domingo, 4 de abril de 2010

Voce veio!

voce veio assim, sem querer
veio, sem ter medo, sem prever
um futuro incerto, um não ficar perto

voce trouxe seu olhar pra mim
como um presente, que se dá
sem querer saber quem vai gostar
Simplesmente, se fez presentear

E no teu sorriso, eu sinto
Uma segurança, um acalanto
Um calor doce, um carinho
Um acorde suave, um canto

Voce veio, sem medo
Sem sentir o menor receio
De não receber o mesmo olhar
Mas veio sem medo de falar

Veio mudar o curso das coisas
Esquecer de uma vida pouca
Saber que há cores de matiz
Suavemente sutis e febris

Voce veio, displiscentemente
Voce veio, quase indescente
Trazendo um sorriso maroto
mas seguro como cais de porto.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Palhaço!



Oh, Arlequim
O que é feito de você?
Tem medo, afinal de quê?
Será de mim, ou vai ver,
que é de você, por andar
na corda bamba, pronto pra cair
mas não está pronto pra se machucar?
Fique tranquilo, oh, doce palhacinho,
fique tranquilo, pra isso, ninguém está.
Arlequim, tua face pintada, teu nariz
carmim, tua graça de menino, aprendiz
é o que faz um mundo gentil e alegre surgir
mas todos se esquecem que você, não é de aço
Dizem, que o fugás ladrão de corações é o Palhaço
mas quantas vezes você já foi ludibriado, já foi roubado 
e quantos sabem que quando você rouba, é sem a noção,
rouba assim, na contramão, de qulaquer nobre movimento
rouba sem querer, sem nenhuma petensão ou fingimento,
daí ter medo, ter um coração de alguém na mão! O que fazer?
Deixar e correr, esquecer, ou voltar atráz, guarda-lo, acolher... 
Afinal, arlequim, do que você tem medo, seria medo de mim?
ou ainda pior, mas poderia ser sim! Poderia ser medo de você,
ir de novo, globo da morte, motos traiçoeiras, envolto em paixão,
ou seria, voar como os acrobatas, cair, e se estraçalhar, no chão?
Ou, Arlequim, você tem medo, é de se achar, em seus desejos?



terça-feira, 16 de março de 2010

Pra que, pra nada?

Ela havia se arrumado, 
com cuidado
Havia tomdo um banho
demorado
Ela havia se perfumado
delicadamente
Havia escolhido a melhor roupa
demoradamente

Havia um sem fim de razões
Alegria
Era então o que ela sentia
Certeza
De que a noite seria
Doce

Passou-se o tempo
tic-tac
Surgiu um lamento
tic-tac
Viu-se amuada
tic-tac

O tempo passou, e a roupa...
amarrotou
O tempo passou e o sorriso
amarelou
O tempo, cessou
parou!

Voltou para casa
cansada
Corpo lavado, perfumado,
cuidado
Roupa lavada, perfumada,
alinhada

E afinal, pra que tanto empenho?
esmero?
Pra que afinal o melhor creme
espelho
Aquele corpo, sedento, ali
perdido
Pra que afinal tanta sutileza armada?
pra nada?

Sorriso Triste

Ela então sorriu!
Estava numa festa
Bastava pois sorrir
Ela suspendeu o folego
E mostrou seus dentes

Ninguém sabia a quantas, 
andava aquele coração, apertado
amuado, pequeno, quase vazio
ninguém sabia
Porque... Ela, sorria
amargurada, que estava
não sentia vontade de chorar

Sorriu, porque era a única coisa a fazer
Sorriu, porque mentiu sobre o que ia acontecer
Sorriu, porque sabia que ia prever, algo triste
Sorriu, porque é sempre a única coisa concreta que existe

Ela então sorriu!
Bastava pois sorrir
ninguém sabia
Porque ela, sorria
amargurada, que estava
Sorriu, porque era a única coisa que restava




segunda-feira, 15 de março de 2010

Onde está o Escritor?

 






Houve um tempo em que tu vinhas
E sentia então o cheiro das vinhas
E um gosto de vinho, tinto, denso
molhando meu paladar. Páro e penso
Onde andará o poeta? Que fará o poeta?
Estará criando, ou apenas de porta aberta,
deixando o vento passar, por suas têmporas
deixando o tempo ditar, gritando temporais,
Onde afinal, ó poeta, onde afinal, vós estais?
Quero ver-te, sentir-te, o cheiro da tua tinta,
ainda fresca, do que enfim acabas de escrever...
Quero poder ver, como o pintor, que pinta
quadros pra ninguém, que joga às ruas, para todos
como pintor, faz a vida mais colorida, para poucos
que sabem ver, pergunto, afinal, onde estará você?

sexta-feira, 5 de março de 2010

Tolos no Palco

Um poema de Vini

http://anjomaldito.blogspot.com

Todos no palco
Iluminados
Iludidos
Ludibriados

Todos no palco
Empurrões para o escuro
Para o vazio
Pra a coxia e pro frio

Todos no palco
querendo brilhar
Esperando a deixa
que está a demorar

Todos no palco
querendo aparecer
Mais que
Todos no palco

Tolos no palco
e na platéia ninguém 
 
 

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Cansaço.

Estou cansado de escrever
E de saber, que nada vai mudar
Estou cansado de saber
Que vou olhar, o mundo, e calar

E águas cansadas vão cair,
Indo embora, do resto de mim
Vão rolar como agulhas, sem fim
Fazendo meu coração, se ferir

Estou com o corpo fatigado, moído
Roto, perdido em mim, fluído
Tentando, inutilmente, sobreviver
A essa dor, torpe, querendo esquecer,

dessa fome, que vem sempre a noite
que pega as entranhas, embaraça e amarra
que se envolve, se revolve, e se agarra
gemendo tristes ais, em torpes num açoite...

Estou cansado, embriagado de solidão
Estou cansado de procurar um amor
que há tempos, pegou o trem na estação
corri, pra impedir, mas nem adeus deixou

Estou flagrado, em todas essas emoções
E fui eu quem um dia, quis vender ilusões
Como balões coloridos, achando que iam durar,
sem cuidado, ignorei que podem estourar.

Estou cansado, como não se podia ficar
Estou prostado, sem forças pra levantar
Querendo café na cama, quente, revigorante
Querendo você, quente, a todo instante.



Balada de uma tristeza, que se acha em coisas belas

Estou triste, como um palhaço que não sabe mais improvisar
Estou triste, como uma criança, que não pode mais brincar
Estou triste, como uma manhã de sol, que perdeu seu encanto
Porque com o calor que se excedeu, fez pegar fogo em todo canto.

Estou com os olhos prontos para marejar
Como ondas azuis de um mar, que está poluido
Como a praia com um sol que não pára de brilhar
como num deserto, seco e sem vida... perdido 

Estou assim, como não se deve estar, por querer mais do que se pode ter
Estou assim, porque simplesmente esqueci, que se pode parar e absorver
Uma lágrima, perdida, quando se está assim, de certa forma, pronta pra rolar.
Estou, assim, triste, como pássaro que olha o céu, azul, e não aguenta mais voar

Escritor

Bebida na mesa...
O escritor, se serve
Bebida, ali, servida,
E o escritor, não escreve!

Está estancado o assunto
A vontade, está dilatada
Mas toda a verve, virou defunto
E a vontade, ali, exacerbada

A bebida está ali, 
pra consolar o escritor
que se sente destruir
não sabe sentir tanta dor.


Então, ele não escreve mais
quer muito, tem tanta vontade
que sente todos os gritos dos ais
sente, as letras que lhe ardem,

mas não consegue transfigurar
do carretel de linha que não desenrola
para o papel, não consegue a figura...
da estória, parou a engrenagem da roda

Ele, não consegue... olhos vermelhos
Também,  não consegue dormir,
Com tanta dor, e  simplesmente não veio
nenhuma frase, boa que coubesse ali.

Ele olha o papel em branco,
É como uma mulher, pedindo
para que ele a ame, desafiando,
instigando, sensual, se abrindo...

O cheiro do cigarro apagado, 
O faz ascender outro cigarro,
Papel, fácil de desembrulhar
Como estória boa de se contar.

Está ali, aquele pobre escritor
Que não consegue escrever
Porque não sabe sentir tanta dor
Do adeus, torto, que acabou de sofrer


Tenho Medo!


Quero seguir, adiante...
Mas tenho medo!
Quero ir, desafiante
Mas, temo o enredo,

que possa ser essa nova história
que possa virar essa rapsódia
quem pode me negar, que o barco não vai virar?
quem vai dizer que o porto seguro está além desse mar?

Quero ir, seguir adiante nessa bifurcação
Quero seguir, mudando a direção,
E ver outras paisagens, outras vidas,
E ver, enfim, outra de mim, menos perdida.

mas quem pode me garantir, que não vou me machucar?
quem confirma, que há garantias no final do caminho, pra eu pegar
quem garante, que as coisas, vão dar certo, e que o sol vai aparecer
quem garante, que não precisa de guarda-chuva, que não vai chover?

Quero muito seguir  adiante,
Perder toda essa desconfiança
de que o mundo, pode dar esperança
pra que eu me torne, menos farsante,

mas como ter certezas, nesse mar turvo,
de que não vou sofrer, num breve futuro?
como ter certeza, de que não terei pesadelo,
quero mudar, irreversivelmente, mas tenho medo.




Ninguém, Que Ali Está!

Toda dia eu acordo,
Deixo o dia entrar...
Pra ninguém....
Que está ao meu lado, dormindo

Toda noite, no mesmo lugar...
Toda noite, ninguém, está ali
Pra baixar o volume...
Reclamar que eu não amo...

Toda noite, tudo está no mesmo lugar,
Os olhos deixam o dia entrar, pra mim
Pra que eu não veja ninguém
Aquele ninguém que não conta novidades

Eu abro os olhos, e deixo ninguém entrar
Pra mim, pra me fazer feliz...e deixo os sonhos
Acordarem, indo pra longe de mim...

Eu olho, tudo de longe, estando ao lado,
De tudo... estou longe, estando dentro de tudo...
Por mais que eu tente... vou... entrando mais
Como carro sem freio... vou me achatar num muro de solidão

E ninguém pra estar ali, 
Pra poder me acolher,
Pra poder dizer, coisas confortáveis
E ao menos, tentar devolver, meu alguém, 
morto nesse acidente!

(Inspirada na música: Pra Ninguém de Nila Branco, antes cantada por Capital Inicial)

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Boca de Mulher!

Veio a mim
esse vêio, sem fim
de prazer intenso
nos teus olhos...imenso

 


Veio a mim assim!

quente...
presente...

veio assim,
como quem... nada quer
veio, sem fim
pedindo-me beijos de mulher...

Dei, olhos de menina
Boca de assassina
rompendo-me a ânsia
de romper a distância

Veio...ahhhsssiiimm!
perdido na léguas,
encontrado, em mim
sabendo: não há tréguas.

Nos olhos arrebatadores
Vejo risos, sinto odores...
Um corpo extenuado...
e outro extasiado

 
entregues, aos poucos, derreter
Deleitados do corpo
um do outro...
embebidos de prazer

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Sem lirismo

Hoje estou pouco poeta! Muito humano,
Quero teu olhar em mim, mundano
Não quero o fino licor da letra,
Quero o fino licor de tuas besteiras
Ditas ao pé do ouvido...lambido...
Quero tremer com tuas mãos em mim
Quero tremer com tua voz... assim...
quero tua carne quente e molhada
querendo cada vez mais, ser saciada
quero tua fome, para comer, ser devorada...
Não quero letras nem papel... nem poemas
Não quero sofreres injustos, nem dilemas
Quero te sorver os sonhos, os mais sujos
Quero te arrebatar, com meu corpo, impuro
Quero te mover pra frente de mim, em seu olhar,
Sem nenhum lirismo, nem poesia, quero te estravazar! 

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Mais um Carnaval














E lá vem mais um carnaval...
Mais uma carne sem igual
Pululando, sem reservas
Puluando, sem tréguas.

E lá vem, mais um canaval,
Mais sorrisos, desfiles e tal
Mais sonhos de identidade amoral
Mais preces, num desfile pontual...

E o mundo?
Jorra sangue,
E o mundo?
Que se estanque.

Arrebentados pelas misérias
Quando surge dias de festas
Então, é como tirar férias
De tudo aquilo que não presta!

Mas as pragas do mundo, que nos fazem mal,
Perdidas dentro de copos de tequila e sal,
Com samba, suor, cerveja e nú frontal
se esquecem... e lá vem, mais um carnaval.


domingo, 14 de fevereiro de 2010

... Enquanto isso...

...Enquanto isso estou aqui
Só, comigo e meus pensamentos,
impuros, queria ter alguém, sim
mas não esse da maneira que está aqui.
Queria alguém, mas não só em meus filamentos.
... enquanto isso, aquele corpo inerte, dorme
enquanto isso, o meu corpo verte, me consome
queria alguém sim, mas não só para querer,
e não o queria somente para para ver, 
queria alguém, pra mim, alguém com alma
alguém sem fim, alguém que me tivesse com calma...
enquanto isso, a vida, aquela que eu julgo minha
se vai, esvaindo-se como fumaça, perdendo sua sina
vai... vai...e enquanto isso, fico, com minha alma, que me assassina.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

METADES DUM POETA

(por: Wilson R.)



É o poeta metade paz, metade guerra;
metade dor, metade festa;
metade boa e outra que não presta.

É o poeta metade sonho, metade chão;
metade doença, metade cura;
metade suja e outra metade que é pura.

E, se almeja o coração a vida e a liberdade,
os pulsos imploram a navalha
e os pés almejam o grilhão.

E, se a alegria lhe é mãe,
a melancolia é sua amante
e o pranto, seu irmão.

Metade lágrima feliz, metade riso triste.
Lutador cabisbaixo de punhos em riste,

Ah!, o poeta...
Um monte de metades
dum todo
onde sempre falta
uma parte.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Discutindo a Relação


Aí, ela queria discutir a relação,
Eu disse que não, 
Que ja era hora do jogo
E que hoje ia pegar fogo
Era clássico, bom pra cachorro
Mas ela disse: O jogo ou eu?
A olhei de cima a baixo,
e perguntei, mas o que é que te deu?
O jogo o eu?
Sossega o seu facho!
Então, tá, disse e veio o esculacho:
Se voce não me ama mais
Já passou da hora, vá
Volte para a casa dos seus pais.
Como assim?
O carro e a casa são meus!
Mas o que é que te deu, mulher?
Voce, não me quer mais, não é?
Do que é que voce está falando?
E o jogo lá, rolando
A bola ali, quicando...
Quase um gol
que eu quase comemorei
E foi aí que eu errei.
Viu, nem me ouve, 
Me pergunta-"o que houve",
por mera educação, 
ah, não! Isso é que não,
a casa e o carro, ficam comigo
Mas e eu, que faço?
Vá dormir na casa do seu amigo
Olha, ta passando meu jogo
Depois a gente conversa, tá bem?
E o jogo esquentando
E minha mulher, esperneando...
Tá bom, coração, toma aqui meu cartão
Vai, passeia, areja que é bom
Depois te levo pra jantar,
E se ainda assim quiser se separar,
Aí, a gente pode até conversar!
Voce acha que é assim?
Não ve que não tá dando mais
Nem pra voce, nem pra mim?
Não é um cartão,
E aí tudo fica bom.
Não, não é,
mas o jogo já ta pelos 45
E eu sinto, mesmo, sinto
muito e muito, as agora,
não, dá, nem pra respirar
quanto mais falar
Vá, saia e se divirta, 
depois a gente se comunica.
Viu? Voce não me ama mais!
Ai, meu santo saco!
É, não te amo, é fato!
Vou para minha mãe!
Ótimo, quando voltar
(ouvi a porta quase quebrar)
Não esquece e traz uns pães.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Na Janela!

Estava eu à janela...
Velha...
Olhando por ela
Aquela velha...
Andando, séria...
Pensando, 
na vida que leva...
E releva...
E espera...
Vi na janela, velha,
a tal velha... 
que espera,
enquanto a vida
a leva.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Horas...

Daí que tentei de tudo.
Dormia, acordava
e, nada
Levantava, comia
bebia, mas, nada
Tentava ver TV,
qual o que,
nem sono, 
nem euforia
nada.
Daí que ouvi
a chuva, cair
molhar, de novo
e de novo, e de novo
o chão tosco.
Daí que não vi
nada acontecer
nem no amanhecer
era tudo igual,
sem doce
nem sal

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Café


Pra acordar, café.
Pra conversar, café.
Pra deixar o tempo passar, café.
Pra depois que for almoçar, café.
Pro fim de tarde se esticar, café.
Pra depois que for jantar, café.
Pra ver tv e cochilar, café.

                           Pra dormir e sonhar, café.
                           Pra acordar, café ...



segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

FalsIdade (por: Cesar Veneziani)









planos, planos
e lá se vão os anos
a gente adia
a execução
e a covardia
entra em ação
o sonho, então
vira mera desculpa
culpa transferida
e a ferida
do não fazer
corrói a esperança
aí se lança
mão da senilidade
e na idade avançada
se volta a ser criança
mas não de verdade


Escrito por Cesar Veneziani




sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Querer à flor da pele

Ando tão a flor da pele,
Que quero tudo... e o tudo tem que ser agora,
rasgado, varado... embebido em prazer...
quero, apenas quero, e não quero nem saber...


Ando tão a flor da pele,
que quero minha pele suada
pelo sol, que bate no deserto...
aquele sol, quente... cortante...
aquele mesmo sol, do olhar querente...


Quero, aquele querer sem fim...
quero aquele desejo... aquele do último suspiro
aquele mesmo desejo, de vida...
quero e apenas quero... à flor da pele

Um beijo



Olhava para ele paralizada, e se perguntava se era mesmo o convite que pensava ver, mesmo vendo seus lábios, tomados de volúpia e desejo, quase roçando os seus.
Aproximou-se, fechou os olhos, e o mundo sumiu, e tudo silenciou-se, no meio de toda aquela gente, sentiu o paraíso dentro de si.
Tudo então havia mudado, sabia que poderia voar, que não cairia, que poderia mandar no tempo, se quisesse, não mais choveria, sabia que poderia tudo.
Mas não quis nada, só pegou todo aquele momento, com carinho, guardou no bolso, com cuidado, e quando chegou em casa, o depositou numa caixinha de jóias, era afinal a mais preciosa.
E foi dormir, feliz!