Olá!!!!!

Você está entrando num mundo de sensações poéticas, lembre-se, tudo o que você possa vir a sentir será de sua inteira responsabilidade.

PHOENIX

PHOENIX

terça-feira, 16 de março de 2010

Pra que, pra nada?

Ela havia se arrumado, 
com cuidado
Havia tomdo um banho
demorado
Ela havia se perfumado
delicadamente
Havia escolhido a melhor roupa
demoradamente

Havia um sem fim de razões
Alegria
Era então o que ela sentia
Certeza
De que a noite seria
Doce

Passou-se o tempo
tic-tac
Surgiu um lamento
tic-tac
Viu-se amuada
tic-tac

O tempo passou, e a roupa...
amarrotou
O tempo passou e o sorriso
amarelou
O tempo, cessou
parou!

Voltou para casa
cansada
Corpo lavado, perfumado,
cuidado
Roupa lavada, perfumada,
alinhada

E afinal, pra que tanto empenho?
esmero?
Pra que afinal o melhor creme
espelho
Aquele corpo, sedento, ali
perdido
Pra que afinal tanta sutileza armada?
pra nada?

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