Olá!!!!!

Você está entrando num mundo de sensações poéticas, lembre-se, tudo o que você possa vir a sentir será de sua inteira responsabilidade.

PHOENIX

PHOENIX

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Escritor

Bebida na mesa...
O escritor, se serve
Bebida, ali, servida,
E o escritor, não escreve!

Está estancado o assunto
A vontade, está dilatada
Mas toda a verve, virou defunto
E a vontade, ali, exacerbada

A bebida está ali, 
pra consolar o escritor
que se sente destruir
não sabe sentir tanta dor.


Então, ele não escreve mais
quer muito, tem tanta vontade
que sente todos os gritos dos ais
sente, as letras que lhe ardem,

mas não consegue transfigurar
do carretel de linha que não desenrola
para o papel, não consegue a figura...
da estória, parou a engrenagem da roda

Ele, não consegue... olhos vermelhos
Também,  não consegue dormir,
Com tanta dor, e  simplesmente não veio
nenhuma frase, boa que coubesse ali.

Ele olha o papel em branco,
É como uma mulher, pedindo
para que ele a ame, desafiando,
instigando, sensual, se abrindo...

O cheiro do cigarro apagado, 
O faz ascender outro cigarro,
Papel, fácil de desembrulhar
Como estória boa de se contar.

Está ali, aquele pobre escritor
Que não consegue escrever
Porque não sabe sentir tanta dor
Do adeus, torto, que acabou de sofrer


Nenhum comentário: