Olá!!!!!

Você está entrando num mundo de sensações poéticas, lembre-se, tudo o que você possa vir a sentir será de sua inteira responsabilidade.

PHOENIX

PHOENIX

domingo, 18 de março de 2007

Virgem é isso!


Virginianos nascem na primavera, nem por isso suas vidas é um mar de rosas.

Virginianos são artistas, talvez por isso vivam sempre na corda bamba.

Virginianos são precisos, mas odeiam precisar.

Virginianos são felizes, mas, nem por isso, deixam de lado as dores imaginárias.

Virginianos são poetas e, talvez, sejam loucos por isso.

Virginianos têm manias que nenhum outro mortal consegue entender.

Virginianos amam ser amados e amam intensamente.

Virginianos se acham perfeitos e pecam por querer a perfeição dos outros.

Virginianos são libidinosos, libertários, amantes da vida.

Virginianos querem o mundo, mas, nem sempre sabem onde estão os próprios pés.

Virginianos são como peixes que se deixam fisgar por anzóis da vida, mas, livram-se deles com a facilidade dos pescadores do mar nórdico.

Virginianos são boas almas, mas se torturam, se roem, se doem, se machucam e machucam sem querer.

Virginianos são setembrinos mas nem por isso deixam escapar os outros meses de seu calendário louco.

Virginianos dormem pouco por pensar demais.

Virginianos se acham os tais e, quase sempre, sofrem por isso.

Virginianos têm o dom de iludir, mas, quase sempre acabam iludidos.

Virginianos amam como poucos, vivem como loucos, vivem vagando, vivem chorando.

Virginianos são seres comuns tentando bancar super heróis que no fim do dia,

Só querem um abraço, aliviar o cansaço entre letras e sentimentos.

*por Beto Mattos

*foto: (uma fortaleza, queimando por dentro... como qualquer virginiano)


Vejo um senhor na esquina, olhando o relógio apressado! Ele é meio gordo, de meia idade, e está meio atrasado... tomou café meio amargo, como sua meio vida, e vai ao seu trabalho com trabalho prum dia inteiro, mesmo parando ao meio dia! E eu cá penso: este indivíduo nasceu, foi um bebê lindo, (todos são), mas qual foi sua infância? quem foi sua mãe, teve mãe? e pai? eram ricos, pobres, ou meio a meio? estudou até quando, fez o que, não fez o quê, que queria tanto fazer? O que o fez para que hoje, uma terça-feira qualquer, as sete da manhã, ele estivesse aqui? Tomando um café meio amargo, como a vida...que o trouxe até aqui. Mas será que este senhor meio gordo, de meia idade e meio atrasado, simplesmente veio trazido pela vida ou escolheu a vida que o trouxe? Olho bem o seu semblante, e nada se vê (e você pode mentir tudo, menos o seu semblante, aquele que está no fundo.... de tudo) ele me viu, deu um sorriso de educação, voltou ao copo, bebeu o que estava pela metade.... pagou, meio apressado e foi embora, virando a esquina! Quantas vezes ele faz isso? Todos os dias? Quantas vezes ele ousou juntar as metades de sua vida? Quantas vezes, deu um sorriso sem nenhuma educação? Quantas vezes ele vira a sua própria esquina? Quantas vezes ele é trazido pela onda que o afoga, que ele deve chamar costumeiramente de vida?

Uma De Fernando Pessoa!!!!!!!!!!!!!!!!!!


Poema da minha pessoa...
Para um amigo...

Certas atitudes em baixas latitudes.
Quando cada passo é um cheque mate.
Quando meu coração utópico vira
Acido sulfúrico.
Pelas praias estão os meus membros.
Perto do meu instinto selvagem ficaram-se
Os tormentos.
Cravados feito foice na terra,
Perdidos no mar do esquecimento.


Tantos bares, tantos pares, tantos muros.
Outros passos, silêncio apraz,
Tantos bares, tantos pares, tantos muros.
Outros passos, silêncio apraz, poucas virtudes.
Consternado nessa Portugal do Sul,
De Áfricas constantes,
Cantada no idioma do Nazismo.
Vivendo numa rotina da China.
Tantos sonhos no sol de Platão.
Meus ais de copa rasgado na sala,
Pelo vento frio do Norte.
A morte anunciada ganhou asas,
Decolou para casa de dona Flor.


Como é linda a queda de uma folha.

sábado, 10 de março de 2007

General Chinês


...Então você está aqui?
Então você está?
Então?...

Porque não se revela
Porque não solta a vela
Do teu barco e...
Simplesmente navega?

Porquê você está hirto?
Parado, imóvel... aflito?
Porquê seu coração bate
E você fica aí, e não reage?

Porque seu olhar
Fica faiscando
E você querendo parar
Mas fica aí, admirando

As suas labaredas
Lambendo suas veias
Te cozendo inteiro
Virando você, um braseiro?

Porque você não fala?
Aquilo que sente,
Porque você cala
Esse grito presente?

Você é como um general
Da dinastia chinesa... leal,
sentindo todas as dores
calado, sentindo os fervores...

Com sua espada empunhada
Mostra sua força ‘inda guardada
Pra quando precisar ser usada,
Mas quando será? Quando?

Quando você vai desembainhar
Sua notável e fiel espada
Quando vai deixá-la afiada...
Quando vai baixar a guarda?

Sempre segurando em sua mão
Sempre segurando o seu coração
Palpitante, cheio de ... tensão
Palpitante, cheio de ... indecisão

Se não agora? Quando então?
Se não agora? Em que momento?
Está esperando que tipo de evento?
Que te sopre um vento leste?
Ou que o sol nasça no oeste?

Não...
Não espere!
Tua espada não vai esperar...
Olha, e deixe ela te comandar

Sinta e deixe que ela vai pulsar
Não olhe apenas... deixe-se soltar
Pare de calar e só sentir prazer
Apenas com sonhos que saem de você!

Eu já sei exatamente de tudo
Todo esse puro do teu branco
Todo esse véu do teu escuro....
Todo o teu som... tão surdo

Entregue-se... deixe a espada falar
Entregue-se.... deixe ela flutuar
Em uma ilha delirante de prazer,
Ao menos uma vez, seja... você!